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TST nega indenização a guarda portuária por uso de imagem em processos

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A 8ª turma do TST afastou a condenação de empregadora ao pagamento de indenização por dano moral pelo uso de imagens de guarda portuária em 24 processos trabalhistas.


O colegiado entendeu que as fotografias foram obtidas por oficial de Justiça em cumprimento a ordem judicial e que seu uso em outros processos não caracteriza violação ao direito de imagem.


A trabalhadora relatou ter se sentido lesada pela reprodução das fotos com menção ao seu nome, em diversas ações, sem sua autorização, razão pela qual recorreu à Justiça pleiteando indenização por danos morais.


Em 1ª instância, o juízo rejeitou o pedido. Contudo, a sentença foi derrubada pelo TRT da 17ª região ao considerar que a utilização das imagens sem consentimento expunha a trabalhadora, configurando dano moral.


Em defesa, a empregadora afirmou que as fotos não foram produzidas pela empresa, mas por determinação judicial em ação civil pública, e que foram utilizadas apenas para demonstrar o estado de conservação dos uniformes em demandas idênticas.

TST


Ao analisar o caso no TST, o relator, ministro Sergio Pinto Martins, destacou ser lícito o uso de prova extraída de processo judicial, cuja consulta é pública.


Além disso, ressaltou que não havia qualquer indício de que as fotografias uniformizadas da trabalhadora fossem constrangedoras, afastando, assim, a configuração de dano moral.


"É lícito o uso de prova extraída de processo judicial, cuja consulta é pública, em outros processos nos quais discutidos os mesmos fatos. O caso dos autos não constitui exceção, sobretudo por não haver qualquer indício de que sejam constrangedoras as fotos da reclamante uniformizada."


Acompanhando o entendimento, o colegiado, por maioria, afastou a decisão do tribunal regional, concluindo que não houve dano moral a ser indenizado.


Processo: RRAg-0001210-79.2022.5.17.0014


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    Image post: Professora é chamada de "vadia" três vezes em reunião de curso de Direito O episódio ocorreu na presença de professores, técnicos e alunos que participavam do encontro online.
    Ana Cristina Brandão 16/10/2025

    Professora é chamada de "vadia" três vezes em reunião de curso de Direito O episódio ocorreu na presença de professores, técnicos e alunos que participavam do encontro online.

    A vice-coordenadora da Faculdade de Direito da UFBA - Universidade Federal da Bahia, professora Juliana Damasceno, afirmou ter sido chamada de "vadia" três vezes durante uma reunião virtual da Congregação do curso, realizada em 6 de outubro. A ofensa, segundo ela, foi proferida pelo estudante Pedro Maciel São Paulo Paixão, presidente do CARB - Centro Acadêmico Ruy Barbosa, enquanto ela apresentava uma questão de ordem.O episódio ocorreu na presença de professores, técnicos e alunos que participavam do encontro online. Juliana tornou o caso público nesta quarta-feira, 15, por meio das redes sociais, afirmando que inicialmente ficou paralisada diante das agressões verbais, mas decidiu se manifestar para dar visibilidade ao ocorrido. "No legítimo exercício de um cargo de poder decisório e como servidora pública federal, enquanto suscitava Questão de Ordem sobre impedimento de membros da Comissão Eleitoral para participação no julgamento, fui alvo de ataque misógino, praticado pelo presidente do Centro Acadêmico Ruy Barbosa, Pedro Maciel São Paulo Paixão, por razões da condição do meu sexo feminino e, também, do exercício das minhas funções administrativas de natureza pública, com repetição agressiva e dolosa, e com evidente propósito ofensivo, por 03 (três) vezes, das palavras "vadia, vadia, vadia"(sic!), que já não fazem - ou não deveriam fazer - parte da linguagem masculina sã no século XXI, por resumir o seu decadente anacronismo. As gravíssimas ofensas estão carregadas do ranço da cultura patriarcal que nega a legitimidade da presença feminina em posições de representação e hostilizam, simbolicamente, todas as mulheres que lutam por reconhecimento, respeito e igualdade dentro da academia, do serviço público e nos próprios caminhos da sua existência." A professora, que atua há 20 anos como advogada criminalista, disse que buscará responsabilização do estudante nas esferas cível e criminal.