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Município pagará R$ 100 mil a criança que teve dedo amputado em brinquedo escolar. Decisão também inclui pensão vitalícia a partir dos 14 anos.

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A 1ª câmara de Direito Público do TJ/SP ratificou a decisão da 7ª vara de Fazenda Pública da Capital, que impôs ao município de São Paulo a obrigação de indenizar uma criança de 8 anos, vítima da amputação parcial de um dedo em decorrência de um acidente ocorrido em um brinquedo escolar.

A título de reparação, foi estabelecido o montante de R$ 100 mil, destinado a cobrir danos morais e estéticos. Adicionalmente, a menor receberá uma pensão mensal vitalícia, correspondente a 10% do salário mínimo, a partir dos 14 anos, conforme estipulado na sentença proferida pelo juiz Evandro Carlos de Oliveira.

Consta nos autos que o incidente ocorreu enquanto a criança utilizava um gira-gira instalado na escola municipal, sem a devida supervisão de um funcionário.

Durante a brincadeira, seu dedo foi inserido em uma cavidade do brinquedo, que girava em alta velocidade, culminando na amputação de parte do indicador da mão direita.


O município argumentou que o acidente era imprevisível e inerente às atividades infantis.

Contudo, o relator do recurso, desembargador Magalhães Coelho, enfatizou a falha na prestação do serviço público, "na medida em que não se verificou a adequada manutenção, utilização e supervisão do brinquedo".

"Não há, portanto, como afastar a responsabilidade do réu, sendo certo que não houve qualquer fato de terceiro ou culpa exclusiva da vítima capazes de romper o nexo causal", concluiu o magistrado.


Processo: 1069707-10.2022.8.26.0053


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    Image post: Professora é chamada de "vadia" três vezes em reunião de curso de Direito O episódio ocorreu na presença de professores, técnicos e alunos que participavam do encontro online.
    Ana Cristina Brandão 16/10/2025

    Professora é chamada de "vadia" três vezes em reunião de curso de Direito O episódio ocorreu na presença de professores, técnicos e alunos que participavam do encontro online.

    A vice-coordenadora da Faculdade de Direito da UFBA - Universidade Federal da Bahia, professora Juliana Damasceno, afirmou ter sido chamada de "vadia" três vezes durante uma reunião virtual da Congregação do curso, realizada em 6 de outubro. A ofensa, segundo ela, foi proferida pelo estudante Pedro Maciel São Paulo Paixão, presidente do CARB - Centro Acadêmico Ruy Barbosa, enquanto ela apresentava uma questão de ordem.O episódio ocorreu na presença de professores, técnicos e alunos que participavam do encontro online. Juliana tornou o caso público nesta quarta-feira, 15, por meio das redes sociais, afirmando que inicialmente ficou paralisada diante das agressões verbais, mas decidiu se manifestar para dar visibilidade ao ocorrido. "No legítimo exercício de um cargo de poder decisório e como servidora pública federal, enquanto suscitava Questão de Ordem sobre impedimento de membros da Comissão Eleitoral para participação no julgamento, fui alvo de ataque misógino, praticado pelo presidente do Centro Acadêmico Ruy Barbosa, Pedro Maciel São Paulo Paixão, por razões da condição do meu sexo feminino e, também, do exercício das minhas funções administrativas de natureza pública, com repetição agressiva e dolosa, e com evidente propósito ofensivo, por 03 (três) vezes, das palavras "vadia, vadia, vadia"(sic!), que já não fazem - ou não deveriam fazer - parte da linguagem masculina sã no século XXI, por resumir o seu decadente anacronismo. As gravíssimas ofensas estão carregadas do ranço da cultura patriarcal que nega a legitimidade da presença feminina em posições de representação e hostilizam, simbolicamente, todas as mulheres que lutam por reconhecimento, respeito e igualdade dentro da academia, do serviço público e nos próprios caminhos da sua existência." A professora, que atua há 20 anos como advogada criminalista, disse que buscará responsabilização do estudante nas esferas cível e criminal.