Privatização dos Correios em Compasso de Espera Após Aprovação na Câmara: Entenda o Porquê
A privatização dos Correios, após a aprovação na Câmara, encontra-se em um impasse. A razão? O Senado ainda não designou um relator para a questão. Com isso, a matéria permanece retida na Casa, sem data definida para votação. Esta informação foi atualizada por Carlos Rocha em 02/09/2021 às 11h14.
O trâmite da privatização dos Correios sofreu uma interrupção inesperada. A expectativa era de que a matéria, após ser aprovada na Câmara, fosse encaminhada ao Senado para análise e votação. Contudo, o cenário atual é diferente do esperado.
Por Que a Privatização dos Correios Está Parada?
Segundo o senador Otto Alencar (PSD-BA), os senadores estão relutantes em assumir a relatoria do projeto. Esta hesitação persiste mesmo entre aqueles que apoiam a privatização dos Correios, que preferem não se candidatar para a posição.
De acordo com a lei, toda questão de privatização de uma empresa requer um relator. Este parlamentar é responsável por examinar vários aspectos da venda e fornecer um parecer sobre o processo. Este relatório serve como uma referência para os outros parlamentares.
Analistas políticos sugerem que um dos motivos para tal hesitação é o fato de que os Correios não estão causando prejuízos à União. Pelo contrário, a empresa teve um lucro de R$ 1,53 bilhão em 2020. Portanto, a justificativa para a privatização parece fraca, o que poderia prejudicar a imagem do parlamentar, especialmente com as eleições de 2022 se aproximando.
Enquanto não for designado um relator, a questão da privatização dos Correios permanecerá parada no Senado. Se os senadores optarem por não abordar um tema tão controverso, a matéria pode até ser arquivada.
Governo Planeja Privatizar Nove Empresas
Aos olhos do governo federal, os Correios são apenas uma das várias empresas que estão na lista para privatização. De acordo com o Ministério da Economia, a venda dessas estatais traria novos recursos para o país e também permitiria que a União evitasse prejuízos na administração das empresas.
Além dos Correios, o governo federal já anunciou a intenção de vender a Eletrobras, Emgea, Ceasaminas, Porto de Vitória (Codesa), Nuclep, Trensurb, Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) e a Agência Brasileira Gestora de Fundos Garantidores e Garantias (ABGF).
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