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Moro traiu magistratura, leis e ‘lava jato, diz ex-candidato a prefeito de Curitiba

Data: 2024-10-17

Categorias: Política, Justiça, Corrupção

O ex-candidato à prefeitura de Curitiba Ney Leprevost, do partido União Brasil, fez duras críticas ao senador Sergio Moro, também do União Brasil. Segundo Leprevost, Moro traiu a magistratura, as leis e os apoiadores da “lava jato”. As alegações foram feitas em uma nota de resposta aos ataques proferidos por Moro contra ele e sua família.

Leprevost, que é ex-deputado, acusou Moro de utilizar a magistratura como trampolim para sua carreira política, de torturar psicologicamente réus em escutas telefônicas de legalidade questionável e de abandonar sua função de juiz para se tornar ministro da Justiça do governo de Jair Bolsonaro.

Para Leprevost, Moro é um “traidor contumaz” que utilizou a magistratura para se promover pessoalmente e conquistar cargos políticos. O ex-candidato também afirmou que Moro violou as leis ao abusar do poder em suas escutas telefônicas e traiu os apoiadores da “lava jato” ao deixar a operação para assumir o cargo de ministro. Leprevost ainda acusou Moro de trair o presidente Bolsonaro ao ser expurgado do ministério e atacar aquele que havia confiado nele.

Briga entre compadres

É importante destacar que Ney Leprevost e Sergio Moro possuíam uma relação próxima. Na eleição municipal, Rosângela Moro, esposa de Sergio Moro, foi candidata a vice-prefeita na chapa encabeçada por Leprevost. No entanto, a chapa terminou em quarto lugar, recebendo apenas 6,4% dos votos. A briga entre os dois começou quando Leprevost deu uma entrevista afirmando que Moro era uma pessoa difícil de lidar e que sua candidatura falhou ao aceitar a indicação de Rosângela como vice.

Moro respondeu às críticas de Leprevost afirmando que ele e seus familiares receberam “nas urnas” o que mereciam. A troca de acusações e ataques pessoais entre os antigos compadres mostra a deterioração da relação e o rompimento político entre eles.

Análise e Implicações

A acusação de Ney Leprevost contra Sergio Moro levanta questões importantes sobre a postura e a conduta do ex-juiz da “lava jato”. Alegações de traição à magistratura, às leis e aos apoiadores da operação são graves e merecem ser investigadas e debatidas.

Ao utilizar a magistratura para se promover politicamente, Moro pode ter comprometido a imparcialidade e a integridade do Judiciário, algo fundamental para o bom funcionamento do sistema de justiça. As acusações de tortura psicológica em escutas telefônicas também são extremamente preocupantes, pois violam os princípios fundamentais de respeito aos direitos humanos e ao devido processo legal.

O abandono da função de juiz para assumir o cargo de ministro da Justiça também suscita questionamentos sobre os motivos por trás dessa decisão. Enquanto alguns veem essa mudança como uma forma de contribuir para o combate à corrupção em uma posição de maior poder, outros enxergam como uma quebra de compromisso com a operação “lava jato” e um direcionamento político pessoal.

A resposta de Moro às acusações de Leprevost indica que a relação entre os dois está irremediavelmente prejudicada. O ex-juiz afirmou que Leprevost e seus familiares receberam o que mereciam nas urnas, revelando uma mágoa por trás das palavras. Esse embate entre compadres reflete um ambiente político polarizado e marcado por divisões e ressentimentos.

Conclusão

A acusação do ex-candidato à prefeitura de Curitiba Ney Leprevost contra o senador Sergio Moro por trair a magistratura, as leis e os apoiadores da “lava jato” levanta questões importantes sobre a conduta do ex-juiz. As alegações de Leprevost merecem ser investigadas e discutidas, especialmente considerando o papel central de Moro na operação e sua influência política.

Essa disputa entre compadres expõe as fraturas e divisões presentes na política brasileira atual. A falta de confiança e a troca de acusações pessoais entre ex-aliados mostram como a busca pelo poder pode romper relações e levar a mudanças de posicionamento surpreendentes.

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